Pedras no caminho
Passos sem destino
Num vão infinito de particularidades e desatinos
A vida nos passa diante dos olhos da solidão
E sem razão vagamos perante o abismo da morte
Sem saber qual será nossa real sorte
Abandonados no mundo das sombras
Sem rumo, sem chão
Esperando que algo venha e nos pegue pela mão
A vida é feita do presente
Nele esperamos o doce e ardente veneno de nossa mente
Dia após dia nos embriagamos
E pelo fim desejamos
Um dia ele irá chegar
Se é doce ou amargo,
Escuro ou claro,
Preto ou branco,
Rápido ou brando
Descobriremos assim que o dia raiar
Para assim quem sabe
O fim parar de desejar ou nele nos afundar.
Thalita Pires - 17/08/2008
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